24 de março de 2012

Paris #9

Acabou-se o que era doce. Agora que eu já me estava a habituar. Vou deixar de ser chamada Machadô, de comer croissants ao pequeno-almoço, de ouvir o nome das paragens em francês duas vezes (não percebi porquê), de dizer bonjour às 5 da tarde, de dizer merci com o meu sorriso fofo, de fazer perguntas em inglês e responderem-me em francês e de não perceber nadinha, de ficar a salivar para as montras de comida com aspecto delicioso, de ouvir falar montes de línguas na zona de wi-fi, de subir o beliche, de implicarem comigo por ser caranguejo toda a santa vez em que estava com os portugueses (ninguém imagina o gozo que eu levei, ainda não entendi porquê, sinceramente, mas vá, até foi divertido), das palhaçadas que me fizeram dar grandes gargalhadas e da sensação maravilhosa que é falar em português com imensa gente à volta sem entender uma palavra, especialmente se estivermos a gozar com alguém (salvo muito raras excepções, que eram ainda mais divertidas). Eu sei lá, por mim pedia a umas quantas pessoas para irem ter comigo e ficávamos por lá uns tempos. Que tal?

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