14 de setembro de 2012

a mente mais idiota de sempre, a minha

Não podem haver coincidências. É demasiado irónico eu adormecer num estado absolutamente catastrófico e acordar às 6h58 depois de ter um sonho agonizante em que estava dentro de um avião a cair durante o que me pareceram horas. O avião não caía depressa, eu estava ligeiramente inclinada para trás e sabia que tínhamos descolado há pouco e que a queda não seria de 11 km como o habitual nos desastres fatais. Estava acompanhada, mas só conseguia ver a cara de uma pessoa que não estava lá. Quando finalmente percebi que estaríamos perto de, efectivamente, cair no mar (supunha eu), fiquei num daqueles momentos típicos da minha vida em que não sei o que raio hei-de fazer. Eu tinha o cinto posto e sabia que se a velocidade do choque fosse muito grande podia ficar trespassada, mas que se não fosse assim tão grande e tirasse o cinto podia ser projectada para qualquer lado e partir-me toda. E é aqui que está a ironia da coisa: é sempre assim que a minha vida se processa. Eu sem saber que decisão tomar, a medir prós e contras em ciclos infinitos que me desgastam ao fim do dia, a antecipar reacções, a esperar que sejam os outros a decidir. Invariavelmente, acabo por levar um murro no estômago.

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