Estava eu no carro a caminho do Algarve quando se soube, oficialmente, os nomes dos novos ministros do 19º governo. Não sei bem explicar porquê, mas nestes momentos de transição tenho uma grande tendência para depositar muita, alguma vá, confiança nas novas caras que vão dar o seu contributo para endireitar isto. Encho-me de esperança que esta nova geração de ministros vai fazer a diferença. É certo que não há milagres, que Roma não se construiu num dia e tudo mais, mas se não acreditarmos, quem vai acreditar? Se há coisa que me incomoda são aquelas pessoas que reclamam de tudo e mais alguma coisa, mas não fazem nada para que o que acham que está mal mude (e eu também faço isso, infelizmente). É sempre muito fácil falar e pôr a culpa nos outros. Tudo bem, que não sou eu a governar, que se calhar os políticos dizem uma coisa antes das eleições, e depois fazem outra, mas quer dizer, se o país está como está, a culpa é, em parte, também nossa, ou será que eles têm sempre a faca e o queijo na mão? Não percebo muito de política e confesso que por vezes me canso daquilo, das mesmas caras, dos mesmos discursos e vitimizações, do atirar as culpas aos outros, mas, uma coisa é certa, para se poder falar de alguma coisa é preciso saber daquilo que se fala. Eu confesso que não sou economista, nem médica, nem professora, nem gestora, nem advogada ou juíza, nem engenheira (ainda) por isso não posso dizer que a culpa de estarmos nesta situação é deste ou daquele, mas acredito que todos contribuímos para isto, porque parece sempre mais fácil fugir ao fisco, ter regalias, ter umas boas cunhas, e convenhamos que tudo isto junto, toda esta desonestidade junta, que isoladamente até pode parecer inofensiva, é capaz de ter algum impacto, ou serei eu uma tonta que não sabe o que diz? De qualquer das formas, acho triste chegarmos aonde chegámos tendo já sido os “donos do mundo”, no entanto, convém também dizer que continuamos a ter pessoas que se destacam em diversas áreas e que muito nos dignificam. Este texto enorme para dizer que espero sinceramente que as coisas se encaminhem e que eu, no que a mim me diz respeito, vou empenhar-me. Ser mais poupada e estudar para merecer um emprego e caso não arranje cá não me vou fazer esquisita e tentarei lá fora. De salientar que eu sou patriota e, como é óbvio (pelo menos para mim), gostaria de fazer algo de importante pelo meu país.
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