Comprei na Torre Eiffel uma espécie de moleskine pela qual me apaixonei à primeira vista e soube logo que não conseguiria sair de lá sem levá-la comigo. Comecei a escrever nela há dois dias, cheia de cuidados, mas como é óbvio já tive de usar corrector [não queria rasurar e pareceu-me um mal menor...]. Já pus letras de músicas, uns comentários meus e hoje pus este poema:
Viajar! Perder países!
Ser outro constantemente,
Por a alma não ter raízes
De viver de ver somente!
Não pertencer nem a mim!
Ir em frente, ir a seguir
A ausência de ter um fim
E a ânsia de o conseguir!
Viajar assim é viagem.
Mas faço-o sem ter de meu
Mais que o sonho da passagem.
O resto é só terra e céu.
Fernando Pessoa
Porque hoje me deu uma saudade de viajar, porque por mim passava a vida a viajar. Apesar do cansaço e da saudade de voltar, viajar é a melhor coisa do mundo. Outra coisa que gostava mesmo era de fazer uma grande viagem sozinha, mas até lá preciso de ganhar muita [mesmo muita] coragem.
2 comentários:
Não conhecia. Muito bonito o poema.
É um dos meus preferidos :)
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